“O namoro de Messias e João Bites começou com uma troca de olhares. O casamento se concretizou com a ajuda de seu Tio/padrinho João Leite. João Bites era um viúvo com várias pretendentes. Algumas primas de Messias, que tiveram “namoricos” à moda antiga com Bites, estavam entre estas, Eva, Nazaré, Anica e Arlinda, essa penúltima quase noivou com ele. No entanto, ele esperava um sinal de Messias e já havia entregue um poema de amor a ela. Também ela era a preferida de Nicinha, a filha de Bites. Ele havia até jogado uma rosa ao avistá-la na janela. Agora faltava firmar o compromisso. Certo dia, a mãe Celestina, em conversa com Bites, reclamou das dificuldades em cuidar da pequena, dizendo ao filho que ele precisava casar–se com uma moça que fosse carinhosa para zelar dos cabelos de Nicinha. Bites então colocou sua filha no colo e perguntou quem ela gostaria que cuidasse de seus cabelos. A pequena respondeu prontamente; – “A Picisa, papai!” Bites não entendendo, chamou o filho mais velho para ajudá-lo a descobrir quem seria a mulher que Nicinha chamava de Picisa. Ele explicou que iria arrumar uma mãezinha para ela. Neném disse ao pai: – É Messias, a moça filha de Dona Algemira, da fazenda Mutum.” pgs. 123 e 124)

“Messias disse que quando recebeu a carta teve medo até de abrir para ler. Alguém poderia ver, talvez fosse melhor queimar, depois tomou coragem, leu, depois buscou mais coragem e foi conversar a mãe, que nem brigou. Nos dizeres do poema infere-se a espera de um sinal. A amada que recebeu o envelope não conseguiu dar a resposta de imediato. Era uma moça obediente, embora ela própria fizesse gosto, teria que esperar a autorização para o namoro. A espera foi um tanto angustiante para os dois. Para Bites que escreveu e para Messias que dependia do aval da família para responder.” (pg. 125)